O governo se mostra mais intransigente do que nunca. Além de não levar a sério as duas contrapropostas salariais apresentadas pela categoria na última quarta-feira na Secretaria de Administração, ainda teve a ousadia de mandar a mesma proposta de R$ 650 para professor 20h (que ainda altera vários pontos do plano de carreira e discrimina e prejudica os professores fundadores da Uespi). Tal proposta já havia sido rejeitada em assembléia há 12 dias...
Como se deu a tentativa de negociação?
Iniciamos a campanha salarial lutando pelo salário mínimo do Dieese de agosto de 2007 (R$ 1.733,88) para professor 20h. Tentando buscar saída para o impasse, na última assembléia geral dos professores (21/05), foi aprovado que a comissão de negociação levaria à Secretaria de Administração, naquele mesmo dia, uma contraproprosta salarial.
Na mesa de negociação, apresentamos duas propostas: uma que não fosse necessário a mudança no atual plano de carreiras, colocando o salário do professor de 20h em R$ 700,00, e consequentemente o de professor 40h para R$ 1.400 (valor esse proposto pelo governador "ao vivo" na TV Cidade Verde, mas nunca apresentado oficialmente) e outra proposta (que achamos mais justa) de colocar o salário do professor 20h para R$ 1.024,00, aceitando mudança no atual plano de carreiras (que evitaria o chamado efeito "cascata", alegado pelo governo).
Na tarde da última sexta-feira, no entanto, a decepção: a secretaria de administração mandou fax rejeitando as duas contrapropostas apresentadas pelos professores e reafirmou a proposta indecente de R$ 650,00 com as alterações no plano de cargos e salários que retiram direitos e prejudicam principalmente os professores fundadores.
Este episódio mostra que os professores estão buscando o entendimento e diálogo com o governo, no entanto, o governo não quer avançar na negociação salarial, querendo impor um "acordo" que prejudica a categoria. Além disso, sobre a questão "orçamento" da Uespi, o governo nunca abriu canal de negociação.
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