23/05/2008

Professores propõem proposta de salário de R$ 700 e assim mesmo WD não quer pagar!
É falta de interesse em querer uma Uespi decente

Os professores da Universidade Estadual do Piauí recuaram em até R$ 1 mil na proposta inicial feita ao Governo do Estado e as negociações podem estar perto do fim. No início da greve, deflagrada no dia 9 de abril, os professores reivindicavam um salário de R$ 1.733 para regime de trabalho de 20 horas e agora estão propondo um salário de R$ 700. “Agora o Governo tem que mostrar que quer negociar, nós queremos sair deste impasse”, disse o presidente da Associação dos Docentes da Uespi – Adcesp, Daniel Sólon.

Daniel explica que este valor só será aceito se o Governo se comprometer a não mexer no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria. Sendo assim, para o professor de 40 horas o salário proposto é de R$ 1.400. Esta proposta foi apresentada à Secretaria de Administração durante reunião realizada na última quarta-feira.
Numa outra proposta, os professores pedem um salário de R$ 1.027 (20 horas) e, conseqüentemente, R$ 2.048 (40 horas). A diferença é que com esses valores o Governo poderá fazer alterações no PCCS. “O professor com dedicação exclusiva atualmente ganha o dobro do professor de 40 horas. Nós propomos que esta vantagem caia para 50%”, disse.

Daniel Sólon diz que o governador Wellington Dias falou, durante entrevista a um programa de TV local, que a nova proposta seria de R$ 1.400. “No entanto, nós enviamos um ofício pedindo a proposta em escrito e recebemos a resposta da secretária Regina Souza dizendo que não havia nova proposta e que o Governo mantinha o valor de R$ 650, com alterações no Plano de Salários”, disse.

Para alterar o Plano, os professores acham o valor muito baixo e por isso a greve continua. Na próxima segunda-feira será realizada uma nova assembléia geral entre os docentes da Uespi. Enquanto isso, os professores esperam um posicionamento do Governo do Estado.

A Uespi possui 1.400 professores, entre efetivos e substitutos, sendo que estes últimos representam 62% do quadro de docentes. A adesão à greve em Teresina é de quase 90%, onde as aulas só não foram suspensas na Facime (Faculdade de Ciências Médicas) da Uespi. A categoria ainda reivindica a realização de concurso público para efetivar os profissionais, além de melhorias estruturais para a universidade.

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