Professores, alunos, funcionários... toda a comunidade acadêmica faz, na manhã desta quinta-feira (24/03), um mega protesto contra as condições e falta de estrutura da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Eles juntaram quase todos os campis, da capital Teresina e interior do estado, e saíram da sede da Facime (Centro/Sul) até o Palácio de Karnak, ('Centrão').
Alunos e professores antes da caminhada na FACIME
"Reivindicamos tudo. Não tem é nada na UESPI: falta carteira, falta papel, faltam coisas básicas para uma aula numa instituição de ensino. Nós não vamos mais aceitar essas condições", protestou uma professora. "Governador, deixa de lero... essa não é a universidade que eu quero" e "Reitor cara-de-pau tu é capacho do governo estadual" foram os gritos de guerra dos manifestantes.
Eles seguem pela avenida Frei Serafim até o palácio de Karnak segurando cartazes de protesto e incitando a população a participar da caminhada.
Estudantes brincam com a "morte" da UESPI e a educação na "privada"
Caminhada até o Palácio de Karnak
A manifestação teve o opoio de muitos estudantes que passavam pelas ruas, de alunos da UFPI e contou com a participação do Sidicato dos Servidores Municipais de Teresina.
Em frente ao Karnak estudantes encenaram ainda a "morte da UESPI" mostrando os problemas na estrutura da UESPI de todo o estado.
Estudantes encenam a "morte da UESPI"
A comunidade acadêmica propôs um "abraço coletivo" ao Karnak, amarrando fitas nas grades para demonstrar que o movimento é pacífico e em prol da melhoria da Universidade. Na oportunidade organizaram ainda uma campanha no twitter para que todos utilizem a hashtag #uespi
Foi montada uma comissão de professores e estudantes para tentarem conseguir uma audiência com o governador, mas encontram a polícia e os portões do Karnak fechados.
Manifestantes em frente ao Palácio de Karnak
Segundo informações dadas à comissão o Governador estaria viajando e o Secretário estava resolvendo assuntos do Governador, portanto não poderia recebê-los.
Mas os estudantes insistiram em dizer que não saíriam da frente do Palácio enquanto não tivessem uma resposta. Então a resposta foi dada: disseram à comissão que só receberiam 3 pessoas e que no momento o problema estava nas "mãos" do reitor da UESPI e não do governo, notícia que revoltou ainda mais os estudantes e servidores.
No sábado (26), os protestantes farão uma reunião para analisar os resultados da caminhada, e na segunda-feira (28) irão se reunir na frente do campi Torquato Neto para manifestar contra a reunião que haverá para a adesão da UESPI ao ENEM.
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