01/03/2011

Mesa de Debate: contra o machismo e a violência à mulher trabalhadora, reune militantes do movimento feminista no Piauí

Na noite de terça (01/03) realizou-se o debate contra o machismo e a violência à mulher trabalhadora, que envolveu militantes de diversas entidades como a CSP-Conlutas, Intersindical, UMP, SINDSERM, SINTECT-PI, Cajuina, Enecos, ANEL e Coletivo Rosa Luxemburgo.

Todas essas entidades acumulam enormes teorias e políticas que enriquecem o debate sobre o papel das mulheres trabalhadores no sistema capitalista. A mesa debatedora deu prioridade na questão que hoje incomoda bastantes as mulheres: a violência sobre as mulheres e o machismo. As estatísticas revelam um aumento de 107,5% nos casos de violência à mulher no país. Em Teresina, foram registrada 234 denúncias no segundo semestre do ano de 2010, segundo a delegacia especializada. Mesmo com a implantação da Lei Maria da Penha os números vem aumentando consideravelmente, destaca a presidente do Conselho Estadual de Dfesa dos Direitos da Mulher, Maria da Cruz.

Outra assunto abordado nessa mesa foi a situação da mulher trabalhadora no governo Dilma. Ao assumir o governo, Dilma garantiu aos seus pares um aumento significativo nos salários (62%), inclusive ao dela (132%). Enquanto isso, o salário mínimo teve aumento de apenas R$ 35. Um ataque direto às mulheres, que dentre os que recebem o mínimo representam 53%.

"É preciso que sigamos, enquanto mulheres e trabalhadoras, reafirmando a necessidade de que nossas bandeiras feministas históricas seguem sendo nosso combustível para organização e luta das mulheres. Este novo governo nada de novo representa para as mulheres trabalhadoras. Já na campanha eleitoral representou um retrocesso em relação a uma reivindicação histórica das mulheres que é a legalização do aborto. Nossa luta pela libertação das mulheres segue e só poderá ser vitoriosa com o fim desse sistema de opressão e exploração em que vivemos. Não basta ser mulher para fazer avançar os direitos das trabalhadoras, é preciso ser classista e feminista", afirmou Leticia Campos ao assinalar qual é a política das mulheres da CSP-Conlutas dentro do setor.

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