05/02/2011

Em São Paulo, 'Fora Mubarak!' ecoou na Rua 25 de Março



da redação do Opinião Socialista



Manifestantes queimam foto de Mubarak

GALERIA: fotos do ato em SP

A Rua 25 de Março, conhecida rua de comércio popular no centro de São Paulo, foi invadida por outro tipo de atividade no final da tarde desta sexta-feira, dia 4 de fevereiro. Eram cerca de 200 pessoas, brasileiros e árabes, gritavam “Fora agora Mubarak”. A defesa da autodeterminação do povo egípcio e dos povos árabes em geral foi destaque na manifestação.

Entidades sindicais, movimentos sociais e organizações árabes e islâmicas convocaram o ato para prestar solidariedade ao povo egípcio, apoiar a revolução árabe no país e rechaçar a repressão do governo Mubarak. Uma foto do ditador foi queimada. Entre os organizadores, estava, principalmente, a Frente de Defesa do Povo Palestino. Sindicatos e a CSP-Conlutas também participaram.

O PSTU também esteve presente no ato, como apoiador de longa data do povo árabe. Atnágoras Lopes, dirigente do partido, defendeu que o Brasil tem de cortar relações diplomáticas com a ditadura de Hosni Mubarak.

O companheiro do PSTU que está no Cairo, Luiz Gustavo Porfírio, enviou uma carta que foi lida por Soraya Misleh, da Frente de Defesa do Povo Palestino, e foi muito aplaudida. “Quando Mubarak cair, outro ciclo se abre, no qual os árabes entrarão como senhores de si e de sua terra, contra todos os que a violaram e usurparam”, dizia um trecho do texto [leia a íntegra no fim da matéria e veja o video].

Soraya também lembrou que o Egito é um dos parceiros de Israel e corresponsável pelo bloqueio a Gaza. Sua fala foi seguida por um uníssono “Fora Abbas!”, referência a Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina. Em árabe, os manifestantes diziam: “Mubarak medíocre, o sangue egípcio nao é barato! Vá embora!”



O ato foi finalizado por Mohamed Al Kadri, presidente da Associação Islâmica de São Paulo. Ele destacou que o ato significou muito para a questão palestina também e para todo o mundo árabe. “Queremos o Egito livre do imperialismo e liberdade para todos os países do mundo árabe”, disse.

Na próxima segunda-feira, 7, haverá uma reunião para discutir os próximos atos.

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