Dilma já calcula percentual que deverá conceder ao salário mínimo em 2012
A presidente Dilma Rousseff prevê que o salário mínimo em 2012 chegue a R$ 616, um aumento de 13% em relação aos R$ 545,00 que começam a vigorar nesta terça-feira, 1º de março.
O cálculo, feito por Dilma no programa semanal de rádio "Café com a Presidenta" que foi ao ar nesta segunda-feira, 28, leva em consideração um crescimento do Produto Interno Bruto de (PIB) de, aproximadamente, 7% em 2010 mais a inflação de 2011. Ela disse considerar esse reajuste "um ganho real importante" para o trabalhador.
Pacote provado no Congresso é um ataque aos trabalhadores
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta do governo de R$ 545 para o salário mínimo. Trata-se da primeira vez, desde 1997, que o reajuste do mínimo não repõe sequer a inflação. O mínimo vai ser arrochado em 1,3% em termos reais.
É um ataque duro para o povo que tem de enfrentar nesse momento o aumento da inflação. Os índices reais de elevação dos preços dos alimentos já atingem 16%, com o feijão e a carne ultrapassando 50%.
Isso vai entrar na história como a estreia de Dilma Roussef no poder. Ela impôs exatamente sua proposta, sem nenhuma abertura para negociação nem sequer com seus próprios aliados. Como conhece os deputados governistas do PT, PMDB e PDT, condicionou à liberação dos cargos de segundo escalão a obediência na votação. Conseguiu um sucesso absoluto na Câmara. Na semana que vem, deve repetir o êxito no Senado, com as mesmas armas.
Não existe nenhuma justificativa para isso na economia. O crescimento do PIB em 2010, estimado em 7,8% pelo próprio governo, indica que não existia nenhum problema para o aumento. Os lucros dos patrões não param de crescer.
Segundo o que os deputados aprovaram, o governo poderá definir o valor do salário mínimo até 2015 sem ter de consultar nem o Congresso, a partir da fórmula "inflação do ano anterior mais o crescimento econômico de dois anos antes". Ou seja, por mais quatro anos, quando houver crescimento, vai haver um pequeno aumento do mínimo, bem aquém do crescimento dos lucros dos patrões. E quando houver crise, o mínimo vai diminuir. E o governo poderá decidir tudo sozinho.
Lamentável o papel da CUT e Força Sindical, que fizeram negociações ao redor R$ 560 - outra proposta de arrocho salarial- e se recusaram a mobilizar contra o governo. Fizeram cena nas negociações, para evitar se queimar demais. Mas essas centrais governistas recebem centenas de milhões de reais do Estado e seguirão sendo o braço de Dilma no movimento de massas. Chamamos a CUT e a Força Sindical a romperem com o governo e se integrarem às mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores.
O cálculo, feito por Dilma no programa semanal de rádio "Café com a Presidenta" que foi ao ar nesta segunda-feira, 28, leva em consideração um crescimento do Produto Interno Bruto de (PIB) de, aproximadamente, 7% em 2010 mais a inflação de 2011. Ela disse considerar esse reajuste "um ganho real importante" para o trabalhador.
Pacote provado no Congresso é um ataque aos trabalhadores
A Câmara dos Deputados aprovou a proposta do governo de R$ 545 para o salário mínimo. Trata-se da primeira vez, desde 1997, que o reajuste do mínimo não repõe sequer a inflação. O mínimo vai ser arrochado em 1,3% em termos reais.
É um ataque duro para o povo que tem de enfrentar nesse momento o aumento da inflação. Os índices reais de elevação dos preços dos alimentos já atingem 16%, com o feijão e a carne ultrapassando 50%.
Isso vai entrar na história como a estreia de Dilma Roussef no poder. Ela impôs exatamente sua proposta, sem nenhuma abertura para negociação nem sequer com seus próprios aliados. Como conhece os deputados governistas do PT, PMDB e PDT, condicionou à liberação dos cargos de segundo escalão a obediência na votação. Conseguiu um sucesso absoluto na Câmara. Na semana que vem, deve repetir o êxito no Senado, com as mesmas armas.
Não existe nenhuma justificativa para isso na economia. O crescimento do PIB em 2010, estimado em 7,8% pelo próprio governo, indica que não existia nenhum problema para o aumento. Os lucros dos patrões não param de crescer.
Segundo o que os deputados aprovaram, o governo poderá definir o valor do salário mínimo até 2015 sem ter de consultar nem o Congresso, a partir da fórmula "inflação do ano anterior mais o crescimento econômico de dois anos antes". Ou seja, por mais quatro anos, quando houver crescimento, vai haver um pequeno aumento do mínimo, bem aquém do crescimento dos lucros dos patrões. E quando houver crise, o mínimo vai diminuir. E o governo poderá decidir tudo sozinho.
Lamentável o papel da CUT e Força Sindical, que fizeram negociações ao redor R$ 560 - outra proposta de arrocho salarial- e se recusaram a mobilizar contra o governo. Fizeram cena nas negociações, para evitar se queimar demais. Mas essas centrais governistas recebem centenas de milhões de reais do Estado e seguirão sendo o braço de Dilma no movimento de massas. Chamamos a CUT e a Força Sindical a romperem com o governo e se integrarem às mobilizações em defesa dos direitos dos trabalhadores.
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