18/05/2010

Deu ma imprensa nacional
Plínio Sampaio e Zé Maria participam de debate na UFRJ

Foto: Divulgação
Zé Maria (PSTU), Ivan Pinheiro (PCB), Plínio Sampaio (PSOL)
Zé Maria (PSTU), Ivan Pinheiro (PCB), Plínio Sampaio (PSOL)

Diante de um auditório lotado, com quase 300 pessoas, foi realizado nesta segunda, 17 de maio, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o debate com pré-candidatos à Presidência, como parte da V Semana de Integração Acadêmica da Escola de Serviço Social. Estiveram presentes os pré-candidatos José Maria de Almeida (PSTU) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL). Eduardo Serra representou a candidatura de Ivan Pinheiro (PCB). Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) também foram convidados, mas não compareceram.

Foi um debate concorrido, com muitos ativistas do movimento estudantil, principalmente. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) e o ex-deputado Milton Temer também acompanharam ao debate, além de diversos professores da UFRJ e representantes de sindicatos, como o Andes, base do Sintufrj, economistas, entre outros.

Os debatedores aproveitaram suas falas iniciais para apresentar suas candidaturas. Todos denunciaram o caráter neoliberal do governo Lula e de suas reformas, e destacaram a necessidade de apresentar uma alternativa à falsa polarização entre PT e PSDB. Zé Maria alertou que na verdade a mídia prioriza três candidaturas; as de Serra (PSDB), Dilma (PT) e Marina (PV), todas ligadas aos governos de FHC e Lula.

Disse ainda ser necessário construir junto à classe trabalhadora uma massa crítica em relação à mistificação de Lula e seu governo, mostrando para quem Lula governou. “Aqui no Rio, quando as casas estavam caindo e as pessoas morrendo, Lula mandou todos rezarem para parar de chover. Mas quando a crise se abateu sobre as empresas, ele não mandou os empresários pedirem à Deus. Ele liberou 370 bilhões de reais!”, denunciou.

Ele defendeu a defesa de um programa socialista que levante a expropriação das grandes empresas, o não pagamento das dívidas e a retirada imediata das tropas do Haiti. Para isso, defendeu a independência política e financeira das candidaturas. Os militantes do PSTU distribuíram o manifesto programático, com 16 pontos para um programa socialista.

Zé Maria apresentou ainda o cenário em que estas eleições ocorrem, de aprofundamento da crise econômica na Europa. Ele denunciou os pacotes contra os trabalhadores europeus e os cortes que Lula já faz no Orçamento, os ataques aos servidores e contra a aposentadoria.

Frente de Esquerda

As falas do público destacaram outro tema, o da não conformação de uma frente de esquerda nestas eleições. Afinal, ali estavam representantes dos três partidos que compuseram a Frente de Esquerda em 2006.

Desta vez os pré-candidatos, apesar de reconhecerem a importância da unidade, se posicionaram de maneira diferente. Plínio Sampaio argumentou que defende a unidade, mas que isso será um problema, pois os três partidos deverão saber contornar essa divisão. Eduardo Serra, do PCB, levantou a fórmula “três candidaturas, um só programa” defendendo um pacto de não-agressão no processo eleitoral. Ambos também defenderam, com nuances, as experiências de Evo Morales, Hugo Chávez e de Cuba.

Por outro lado, o candidato do PSTU alerta que não se pode confiar nos governos ditos de esquerda, como o de Evo Morales e Hugo Chávez. "Eles não se enfrentam totalmente com o imperialismo e com as multinacionais, e não representam uma saída socialista", afirma José Maria.

Zé Maria, defendeu a unidade nas lutas, como na construção do Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, no início de junho, e na formação de uma nova entidade de lutas, que unifique os ativistas da Conlutas, da Intersindical e dos demais movimentos.

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