a centelha

Educadores(as) dão lição de resistência e luta no Piauí




Ameaçados pelo governo petista de Welligton Dias, que já afirmou que irá cortar os pontos dos grevistas e pedir a ilegalidade da greve, os(as) trabalhadores(as) em educação afirmaram a resitência de suas lutas com uma representativa manifestação de rua em frente ao Palácio do Karnak, sede do governo estadual.

Centenas de professores(as), funcionários(as) e alunos(as) fecharam a lateral do palácio do governo e deram seus recados. Não abrem mão de melhores salários, de uma escola democrática e de qualidade e mais investimentos na educação. Além de salas arejadas, bibliotecas aparelhadas e escolas estruturadas.

Os(as) alunos(as) deram um show a parte. Gritaram palavras-de-ordem, dançaram o xote da greve e balançaram bem alto as bandeiras, literalmente, da Conlutas que vem, desde o início, dando maior apoio à greve e às reivindicações desses(as) trabalhadores(as).

Os(as) militantes da conlutas, no setor, inclusive, vem dando maior prova de disciplina e organização. Fazem parte dos comandos de greves em seus bairros e no comando maior da categoria. E, em todos os bairros em que os militantes atuam, as escolas estão paralisadas 100%. Mas, não páram por ai. Eles(as) promovem também palestra, debates e festas para arrastarem não só os(as) trabalhadores como também a comunidade.

Por outro lado, a direção do SINTE-PI, rachada entre governistas e neo-governistas, da base do governo, não consegue ou não quer levar a greve para o interior do Estado. Alguns municípios pedem, inclusive, a presença da oposição. Na esperança de paralisarem as suas atividades. Assim é o caso de Monsenhor Gil, União, Picos, Campo Maior e outras cidades piauienses.
Por outro lado, o governo somente vem acenando com ameaças e intimidações. Fala em cortar ponto, pedir a ilegalidade da greve, acabar com os contratos dos bolsistas e terceirizados, como também de mentir a todo momento na mídia, dando a atender que o salário do professor já foi reajustado em 142% e de que as escolas já vem funcionando com todas as estruturas dadas, como ar-condicionados, banheiros e bibliotecas reformadas. Mentira!

A categoria dos trabalhadodres em educação permanece firme na luta fazendo a mobilização da categoria e também de pais e alunos. Por toda essa semana devem ser feitas reuniões nas escolas; com a distribuição de carta aberta a professores em estágio probatório e também a toda comunidade escolar explicando os motivos da greve e, mostrando a importância do movimento em defesa de uma escola pública de qualidade.

Os trabalhadores em educação entraram em greve cobrando aumento salarial de 34%, lotação de professores e mais estrutura para as escolas. A proposta apresentada pelo governo é de 5,5% e, não atende as reivindicações da categoria.