Lula muda o time
Para usar uma metáfora futebolística tão apreciada no Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou o esquema de jogo para tentar aprovar a emenda da CPMF e escapar do rebaixamento de impostos em 2008. O pior é que _como no caso do Corinthians do presidente _ só faltam jogos difíceis e o time é ruim de doer. O que fez Lula: primeiro mudou o centroavante. Saiu o encrencado Walfrido dos Mares Guia e entrou José Múcio no Ministério da Articulação Política. Depois, como mostra hoje O Globo, ele cancelou o envio do projeto de reforma tributária prometido para dezembro. "Nós não vamos ganhar nenhum voto com o envio da reforma e ainda podemos perder alguns", afirmou Lula aos ministros. Não foi só. O governo decidiu ainda retardar ao máximo a análise do Orçamento da União do próximo ano. Na visão governista, não havia sentido aprovar um texto antes de saber se poderá contar com os recursos da CPMF.
A oposição e o Estado tentam dar aos recuos um tom de escândalo, mas é como reclamar que um adversário que precisa do empate vai jogar com três zagueiros e quatro volantes. Faz parte do jogo. A questão é que, como todas as bananadas do ex-ministro Walfrido, o governo Lula caminhava a pasos céleres para uma derrota histórica no Senado. O governo sabe desde janeiro que precisaria de votos para aprovar a CPMF no Senado. Empurrou a votação com a barriga e, agora, descobre que não tem votos, não tem articuladores e a maioria dos senadores só vota em troca de um carguinho aqui outro ali. Enfim, o governo pode até ganhar a votação na última hora, mas será mais pelo peso da camisa do que pela competência
Para usar uma metáfora futebolística tão apreciada no Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou o esquema de jogo para tentar aprovar a emenda da CPMF e escapar do rebaixamento de impostos em 2008. O pior é que _como no caso do Corinthians do presidente _ só faltam jogos difíceis e o time é ruim de doer. O que fez Lula: primeiro mudou o centroavante. Saiu o encrencado Walfrido dos Mares Guia e entrou José Múcio no Ministério da Articulação Política. Depois, como mostra hoje O Globo, ele cancelou o envio do projeto de reforma tributária prometido para dezembro. "Nós não vamos ganhar nenhum voto com o envio da reforma e ainda podemos perder alguns", afirmou Lula aos ministros. Não foi só. O governo decidiu ainda retardar ao máximo a análise do Orçamento da União do próximo ano. Na visão governista, não havia sentido aprovar um texto antes de saber se poderá contar com os recursos da CPMF.
A oposição e o Estado tentam dar aos recuos um tom de escândalo, mas é como reclamar que um adversário que precisa do empate vai jogar com três zagueiros e quatro volantes. Faz parte do jogo. A questão é que, como todas as bananadas do ex-ministro Walfrido, o governo Lula caminhava a pasos céleres para uma derrota histórica no Senado. O governo sabe desde janeiro que precisaria de votos para aprovar a CPMF no Senado. Empurrou a votação com a barriga e, agora, descobre que não tem votos, não tem articuladores e a maioria dos senadores só vota em troca de um carguinho aqui outro ali. Enfim, o governo pode até ganhar a votação na última hora, mas será mais pelo peso da camisa do que pela competência
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