17/03/2009

Empresários se unem em torno da proposta
de redução da jornada de trabalho com redução de salário
...
e com mais demissões!

Em reunião do Conselho Superior Estratégico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), cerca de 30 empresários foram unânimes sobre a redução de jornada de trabalho com redução de salário como alternativas ao desemprego.

"Há unanimidade neste ponto. Grandes grupos estudam essa possibilidade para evitar demissões", disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, após o encontro que reuniu presidentes da Vale, Embraer, grupo Votorantim, Gol, Gradiente, entre outros nesta quarta-feira (14).

De acordo com os empresários, a idéia é acelerar esse "entendimento" com sindicatos trabalhistas e patronais, partindo de São Paulo como exemplo, em busca de um cenário mais claro para o tema já na quinta-feira da semana que vem, quando a entidade se reunirá novamente com sindicalistas, a exemplo do que já fez na terça-feira.

A Fiesp tenta contar com a participação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) na aplicação dessa proposta. Na avaliação do representante desses empresários, Paulo Skaf, é preciso "coragem para quebrar paradigmas" no atual cenário em benefício de todos.

Pressionadas pela retração do crédito internacional e pela redução da atividade, as empresas buscam entendimento com sindicatos para que a medida de redução de 25% da jornada de trabalho e do salário, prevista em lei, possa ser adotada o mais breve possível.

Outra unanimidade entre os empresários é continuidade das demissões. Ou seja, mesmo que um sindicato venha concordar com tal proposta, isso não quer dizer que as demissões paralisarão. Segundo esse pensamento do nosso empresariado, para a classe trabalhadora não há escapatória: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come! Só resta, então, a lutar a exemplo dos metalúrgicos de São José dos Campos, em São Paulo.

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