23/02/2009

Governo Lula busca criminalizar movimentos sociais
MST reage a crime de jagunços e é enquadrado como criminoso



Dois integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) foram autuados por homicídio qualificado pela morte de quatro seguranças da Fazenda Consulta, no município de São Joaquim do Monte (PE), na tarde de sábado (21). De acordo com o delegado local, que investiga o caso, Luciano Francisco Soares, foram autuados Aluciano Ferreira dos Santos e Paulo Alves Cursino. Outros dois sem-terra também acusados das mortes estão foragidos - um não identificado e Romero Severino dos Santos, que foi ferido e se escondeu depois de ter sido atendido em um hospital de Agrestina, município vizinho.

Foram mortos, a tiros, João Arnaldo da Silva, José Wedson da Silva, Rafael Erasmo da Silva e Wagner Luiz da Silva. O MST assumiu as mortes. “O que matamos não foram pessoas comuns, foram contratados para matar, pistoleiros violentos”, afirmou, por telefone, o líder do movimento, Jaime Amorim. Ele disse ainda que outros dois sem-terra ficaram feridos, mas não foram apresentados.

Os dois presos em flagrante foram encaminhados para o presídio Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, e apontaram o foragido Romero como autor dos disparos. Acampados na Fazenda Consulta, os sem-terra foram despejados do local há cerca de 15 dias, por força de uma reintegração de posse concedida pela Justiça. Ontem voltaram ao local.

O que temos aqui, na verdade, é a tentativa de criminalizar os movimentos sociais. O MST vem ampliando sua política de ocupação de latifúndios improdutivos ou de origens nada legais pelo país afora e, por isso, vem sendo alvo dos grande latifundiários e do governo Lula. Somos contrários a esse tipo de atitude. Contra a criminalização dos movimentos sociais no Brasil!

(AE)

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