27/10/2006

Dados do OCDE pedem mais superávit primário e reformas
Para alcançar taxas de crescimento maiores, aproximando-se do desempenho de outros grandes países emergentes, o Brasil precisa adotar o quanto antes uma agenda ambiciosa de mudanças, entre elas a melhora da performance fiscal, a implementação de reformas macro e microeconômicas, além de estimular a inovação na sua economia. Esse é o diagnóstico da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que no próximo mês divulgará pela terceira vez um detalhado estudo sobre o País num evento que deve ocorrer no Rio de Janeiro.
Essa receita do Clube de Paris, que reúne os países mais ricos do mundo, é colocada para Lula e Alckmin. Quem ganhar irá seguí-la. Ela, em outras palavras, pede a continuídade do superávit primário, aumentando mais ainda o seu percentual(ou melhor, a mordida) para 4% a 5% do PIB, que não está crescendo 3%, a aceleração da aprovação das reformas trabalhista, sindical e tributária, onde as empresas capitalistas terão condições de cortar salários, direitos e aumentar os impostos e as taxas, tudo isso com a conivência de sindicatos atrelados ao governo e ao grande capital.
Mas, não pára por aí. Segundo o economista responsável pelo Brasil na OCDE, Luiz de Mello, o ajuste fiscal feito nos últimos se ancorou muito mais no aumento da receita tributária do que no controle de gastos. Para se obter uma trajetória mais sustentada da redução da relação entre a dívida e o PIB, o ajuste terá que ser feito pelo racionamento e melhora dos gastos.", disse.
Para bom entendedor, isso quer dizer: arrocho salarial!

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