22/08/2011

Mais um ministro na mira da demissão
Ideli, salvat-te!

Cinco lideranças políticas de Santa Catarina foram mencionadas em matérias sobre supostas irregularidades na atuação de órgãos federais no Estado por duas revistas semanais de informação: a ministra Ideli Salvati(PT), o deputado federal Joao Pizzollatti(PP), o diretor do Dnit, João José dos Santos (PT), o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto(PT) e o ex-presidente do PR, Nelson Goetten de Lima(PR). A reportagem cita supostos desvios em obras rodoviárias do Dnit; transcreve trechos de conversas telefônicas entre Ideli Salvati e Nelson Goetten, selando um pacto politico para manter o engenheiro João José dos Santos do Dnit; cita prejuizos de 400 milhões de reais por equívocos na Eletrosul; e relaciona intervenções do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas da União, questionando licitações, aditivos contratuais e atrasos nas duplicações da BR-101 sul e da BR-280.

Do ponto de vista politico, o principal alvo é a ministra Ideli Salvati, pelos diálogos com o ex-deputado Nelson Goetten de Lima. Independente das questões éticas, ficam evidenciadas relações políticas fortes entre Ideli e Goetten. Pior: revela-se que no primeiro semestre Ideli e Goetten trabalharam em Brasilia contra o então Secretário Executivo do Ministério das Relaçõee Institucionais, Cláudio Vignatti, do PT, candidato ao Senado nas últimas eleições. Um acordo politico que, internamente no PT, deverá produzir algum estrago na imagem da ministra.

A população catarinense fica sabendo também pelas gravações da Polícia Estadual que Ideli Salvati valeu-se, em relação à manutenção de João José dos Santos no Dnit, da mesma estratégia usada para nomear e manter o ex-marido, Eurides Mescolotto, na presidência do Besc e depois na presiência da Eletrosul.

A principal acusação feita a Mescolotto é atribuía à Aneel, que teria cassado seis hidrelétricas, causando um prejuízo de 400 milhões à estatal. O presidente classificou a denúncia de “bobagem”. A questão das seis centrais está em fase de análise na Aneel, não houve decisão final e a Eletrosul continua investindo em energia, tendo conquistado o direito de construir 492 megawatts de energia elétrica no Rio Grande do Sul.

(diario catarinense-blog do Moacir Pereira)


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