Sindicato dos trabalhadores da construção civil de Fortaleza realiza manifestação

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana (STICCRMF) realizou passeata, ontem à noite, para reivindicar melhores condições salariais e de trabalho. Um trailer, acompanhado por carros e inúmeros homens e mulheres, percorreu a Av. Desembargador Moreira, da Praça Portugal até a Praça da Imprensa, onde foi realizada uma assembleia.
A principal reivindicação é o aumento de 25% sobre o salário dos operários. O Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon/CE), no entanto, oferece 6,4% de reajuste. Nos cartazes que os trabalhadores carregavam, estavam as seguintes frases: "Cesta básica já" e "Plano de saúde para todos". Isso porque, segundo Nestor Bezerra, coordenador geral do sindicato dos trabalhadores, os operários não possuem tais benefícios. "Nossas condições de trabalho e alimentação são muito precárias. Esperamos que os empresários reflitam e garantam nossos direitos", disse.
Raquel Dias, da executiva estadual da Central Sindical e Popular - Conlutas (CSP), ressaltou na reunião que o Ceará é o estado nordestino que mais cresce no setor da construção civil, estando acima da média nacional. "Fortaleza, por exemplo, tem se tornado um canteiro de obras. Parte desses lucros devem ser repassados aos trabalhadores. Nossas reivindicações são mínimas", afirmou.
Na assembleia, ficou combinado entre os representantes do Sindicato dos Trabalhadores e os empresários que, hoje, uma nova conversa deve acontecer. Conforme explicou Nestor Bezerra, os operários não estão dispostos a aceitar outro reajuste que não seja o de 25%.
Eles lutam, ainda, pela redução da carga horária de trabalho para 40 horas semanais (atualmente, é de 44). De cima do trailer, Nestor incentivava os construtores civis a repetir: "Se o patrão não negociar, Fortaleza vai parar".
Fonte: Diário do Nordeste
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