Professores da rede estadual no Piauí votam indicativo de greve
Os educadores da rede estadual de ensino ameaçam não retomar as aulas no próximo mês. Em assembleia realizada hoje (31/01), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Piauí (Sinte-PI) decidiu pelo indicativo de greve. A greve é apontada como alternativa de pressão para garantir o pagamento do piso salarial de R$ 1.500, como também o reajuste salarial dos técnicos em educação.
De acordo com Odeni Silva, presidente do Sinte, caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas pelo governo até o dia 14 de fevereiro, o ano letivo na rede estadual de ensino não iniciará. "Estabelecemos essa data para que o Governo apresente um posicionamento em relação a nossa reivindicação. Se eles não nos atenderem, vamos paralisar as atividades em todo o Estado", afirma Odeni Silva.
Os professores pedem ainda a mudança de classe e de nível; a gratificação dos diretores, dos secretários e coordenadores; a convocação dos concursados de 2007 e 2010; e, ainda, a realização de um novo concurso público.
Atualmente, conforme informações da categoria, o valor pago pelo Governo aos professores é de R$ 1.024, quantia baseada no valor do piso referente a 2009. Além da questão salarial, os professores reivindicam a convocação de concursados para ampliação do quadro de docentes do Estado. "Em 2010, iniciamos o ano letivo com debilidade de 20% da categoria", pontua.
Entre as principais reivindicações da categoria estão o reajuste no valor do piso salarial, gratificações para agentes de portaria, diretores e secretários, mudança de classes e de nível, como também melhorias nas condições de trabalho.
O superintendente de Gestão da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seduc), Neto Carvalho, informou que o Governo espera a definição do Ministério da Educação (MEC) para a implantação do reajuste do piso salarial para os professores. Em relação ao aumento de salário dos servidores técnicos, o gestor foi enfático: "Não há nenhuma lei que determine esse aumento. Por isso, são enquadrados como servidores estaduais. Assim, a Seduc não pode pagar uma coisa que não existe".
Na reivindicação de mais professores aprovados em concursos, Neto Carvalho, afirmou que os professores "estão falando sem conhecimento de causa". Ele apontou que a Seduc já convocou os docentes aprovados no último concurso público para o órgão.
Fonte: portalodia.com
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