Os dirigentes do construtor automobilístico americano GM (General Motors) estão pensando em empregar uma reestruturação utilizando o capítulo 11 da Lei de Falências americana o que seria o equivalente à concordata, afirmou nesta sexta-feira o diário econômico "The Wall Street Journal", citando fontes próximas ao caso.
O grupo deseja ainda evitar o regime de falências, segundo o jornal, mas seus dirigentes estão dispostos a estudar esta opção, desde que a reorganização do grupo seja financiada pelo governo.
A GM pode viver apenas "60 dias de caos" para esta reestruturação, antes de sair do regime de quebras, segundo o jornal. Sem ajuda governamental, o processo de falência pode durar vários meses, ou até vários anos.
O grupo já recebeu uma ajuda federal de 13,4 bilhões de dólares desde dezembro, o que lhe permitiu adiar por alguns meses o cenário de uma crise de liquidez.
A mudança de tom do lado da direção da GM coincide com o relatório divulgado na quinta-feira sobre as conclusões de seus auditores, levantando dúvidas substanciais sobre a sobrevivência da GM.
Opel
Já o jornal alemão "Bild-Zeitung" informou hoje que a GM cedeu as patentes de sua filial alemã Opel como garantia ao Tesouro americano em troca de ajuda pública.
A GM vendeu as patentes ao Tesouro na esperança de recomprá-las mais tarde, declarou uma fonte do governo alemão, que não quis ser identificada.
Por outro lado, o governo alemão está pensando em como ajudar a Opel, que tem 26.000 empregados na Alemanha e 50.000 na Europa. A Opel reclama 3,3 bilhões de euros (US$ 4,2 bilhões) de ajudas públicas. Mas o governo alemão está preocupado com a forte interdependência entre a filial e a GM, e teme que sua ajuda sirva, na realidade, para resgatar a casa matriz nos Estados Unidos.
Fonte: Folha online
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