Por Rômulo Maia
O secretário de Planejamento Sérgio Miranda encerrava a apresentação do Projeto de Lei Orçamentária 2009 (PLO), quando representantes da comunidade acadêmica da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) estenderam no auditório da Seplan a faixa “Educação é prioridade: mais verbas já!”.
Mais que uma cobrança, a mensagem é um grito de socorro de professores, técnicos administrativos e estudantes que vêm, ano a ano, a UESPI encarar dificuldades financeiras, sem verbas suficientes para o seu custeio básico.
Daniel Solon, presidente da Associação dos Docentes da UESPI, diz que as verbas destinadas nunca correspondem às necessidades da Instituição. “Se o repasse não crescer, a UESPI vai continuar mal, faltando de tudo, do papel ao material de laboratório”, analisa.
No demonstrativo apresentado à imprensa, a SEPLAN não mostrou qual o valor proposto para o orçamento da Universidade. Em 2008, a Alepi aprovou um repasse de 56 milhões e 700 mil reais para a Uespi. O Plano Plurianual do Estado prevê que esse valor cresça para cerca de R$ 62 milhões no próximo exercício. Aumento que não significa que a Universidade terá mais capacidade de investimento, explica Marcilio Costa, presidente do Sintuespi. Ele explica que o acréscimo financeiro funciona apenas como um reajuste, para balancear as receitas com as despesas da Instituição.
O servidor mostrou que, só em 2007, o governo gastou R$ 200 milhões a mais do que era previsto com o pagamento da amortização e juros e encargos da dívida pública do Estado. Era previsto o pagamento de aproximadamente R$ 297 milhões, mas foram gastos R$ 495 milhões – 67% a mais. “Isso prova que o governo tem de onde tirar mais verbas para a educação básica e superior”, argumenta Marcilio Costa.
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