19/05/2008

Seduc quer avaliar alunos e professores; e quem irá avaliar a seduc?

Foto: Cidadeverde.com
A secretaria de educação do Estado do Piauí vem divulgando em toda a mídia que busca implementar uma espécie de "provão", à lá Semec de Teresina, que irá avaliar o desempenho dos professores, com uma "diferença": a prova quem fará será o alunado, mas a nota vai para o professor. E, como prêmio promete conceder uma espécie de 14º salário para os servidores das melhores escolas públicas estaduais.

Vamos esclarecer essa "proposta" inovadora. Uma escola que não oferece nenhuma estrutura educacional para o aluno e o professor, como pincel e quadro, os mais elementares das estruturas (não iremos nem falar em data-show, dvds, livros, computadores ou um plano pedagógico, além de dinheiro na escola), ou seja, que é, há anos, abandonada pela seduc, deverá se submeter a realizar um "provão" "elaborado" pelos gênios da seduc. O aluno que é abandonado pela seduc, pois não é dado a ele nenhuma estrutura educacional ou pedagógica, deverá se submeter a um "provão" impressa pela seduc. No final, escola e aluno, abandonados pela seduc, serão reprovados. E quem pagará o pato será o professor mal remunerado, sem tempo para dedicação ao plano de aula, devorado pela falta de estrutura da escola e...abandonado pela seduc.
Nesta segunda-feira, o governador petista Wellington Dias estará assinando o decreto que criará a comissão que irá definir as regras para avaliação do desempenho, oi melhor, o provão.
“Esse projeto será aplicado em 2009. Os professores vão ter uma gratificação anual de acordo com o desempenho da escola. A comissão mista é que vai definir os critérios. Ainda vamos estabelecer as regras, mas poderá ser uma espécie de 14º salário, mas pode ser também uma gratificação diluída”, tentou explicar o pseudo-secretário de Educação, Antonio José (foto).

Os ativistas que atuam no setor da educação estadual devem combater essa "proposta" mirabolante do PT, É mais uma bandeira sindical.

Um comentário:

Anônimo disse...

Seria muito importante que os professores, de uma maneira geral, pudessem explicar com mais profundidade teórica o que está por trás dessa proposta do secretário. Na verdade, não passa de uma submissão às politicas educacionais impostas pelo FMI e Banco Mundial aos mais variados países, sobretudo os chamados em "via de desenvolvimento", como o Brasil. Seria muito bom também que se passasse a denunciar, digo melhor, desmoralizar esse secretário charlatão. Ora, se se fosse pagá-lo pelo desempenho que tem e teve como professor fora de sala de aula que sempre foi, sua remuneração não chegaria ao que hoje quer pagar no Piauí. Além disso, há fortes indicativos de que não passa de mais um ladrãozinho das verbas públicas. O Instituto Civitas que nos diga.