O presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB), será julgado hoje pela denúncia de ter usado laranjas na compra de duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas. A possibilidade dele se safar são enormes. Os renanzistas calculam que ele terá 46 votos, mais que os 40 que recebeu em setembro, quando foi acusado de receber dinheiro de uma empreiteira para pagar a pensão para a sua ex-amante, mostra O Estado. A votação será secreta. O acordo pró-Renan é tão escancarado que o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT), prometeu punir os senadores que revelarem os seus votos (ahan, então usar laranja para comprar rádio pode, revelar voto não pode. Incrível esse Senado).
Pelo acordo em curso, Renan acaba de renunciar à presidência do Senado para logo depois de ser absolvido. Com sua verve habitual, o blogueiro Ricardo Noblat clama: “Renunciar por quê? Por ter sido considerado inocente? E em votações secretas? É injusto. Estaria caracterizada a barganha: nós, senadores, o absolvemos e você renuncia antes ou depois. Ou seja: apesar de o considerarmos culpado, estamos dispostos a absolvê-lo em troca de sua renúncia. Não dá. Renan: se você está convencido de que é inocente e de que será inocentado, não renuncie. Em hipótese alguma. Nem antes, nem depois”.
Os senadores, tanto da oposição quanto do governo, acham que já “pagaram o preço” do desgaste pela absolvição de Renan em setembro. Podem estar sendo otimistas. Pesquisa do Datafolha publicada hoje na Folha mostra que o percentual de pessoas que acham que o Congresso Nacional ruim ou péssimo subiu de 30% em março para 45%. O intervelado coincide com a crise Renan. Em 2010, quando esses senadores forem buscar suas reeleições, aí sim, pagarão o preço.
Pelo acordo em curso, Renan acaba de renunciar à presidência do Senado para logo depois de ser absolvido. Com sua verve habitual, o blogueiro Ricardo Noblat clama: “Renunciar por quê? Por ter sido considerado inocente? E em votações secretas? É injusto. Estaria caracterizada a barganha: nós, senadores, o absolvemos e você renuncia antes ou depois. Ou seja: apesar de o considerarmos culpado, estamos dispostos a absolvê-lo em troca de sua renúncia. Não dá. Renan: se você está convencido de que é inocente e de que será inocentado, não renuncie. Em hipótese alguma. Nem antes, nem depois”.
Os senadores, tanto da oposição quanto do governo, acham que já “pagaram o preço” do desgaste pela absolvição de Renan em setembro. Podem estar sendo otimistas. Pesquisa do Datafolha publicada hoje na Folha mostra que o percentual de pessoas que acham que o Congresso Nacional ruim ou péssimo subiu de 30% em março para 45%. O intervelado coincide com a crise Renan. Em 2010, quando esses senadores forem buscar suas reeleições, aí sim, pagarão o preço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário