06/02/2009

A triste experiencia de moradia em Teresina
Prefeito fará seminários em Brasília para mostrar os avanços habitacionais na capital.

As experiências positivas na área da habitação em Teresina serão mostradas pelo prefeito Sílvio Mendes (PSDB) ao Governo Federal durante seminário em Brasília. A convite do presidente Lula (PT), Sílvio vai participar de um painel de debate sobre habitação e saneamento.

Mas se depender da triste experiencia em política habitacional em Teresina, o país não tem muito a ganhar

Teresina, uma cidade projetada para ser capital do Piauí em meados do século 19, tem pouco mais de 800 mil habitantes e mais de 20% da sua população sem imóvel próprio para morar. Dos 80% que as estatísticas apontam como possuidores de casa própria, cerca de 39 mil moram em favelas.

Considerando as famílias sem imóvel próprio e a estrutura física das moradias e a coabitação (mais de uma família vivendo sob o mesmo teto), pode-se afirmar que o déficit habitacional da cidade supera as 40 mil unidades.

Nas vilas e favelas de Teresina, quase todas oriundas de processo de luta das comunidades de baixa renda, 39% (ou seja, mais de 15 mil casas) ainda são feitas de taipa e 13% delas recebem cobertura de palha, o que mede o grau de incipiência dessas residências.

Essa realidade contrasta com o grau de especulação imobiliária da cidade, onde é possível perceber, em plenas áreas nobres da capital, um grande contingente de terrenos esperando valorização financeira para serem negociados. Ou a existência de um mesmo proprietário possuindo mais de um imóvel, vivendo, portanto, das rendas auferidas pelos aluguéis.

Como se pode ver, a situação de Teresina não difere da das demais metrópoles do Brasil: uma pequena parcela da população ocupando a área nobre da cidade enquanto a população pobre é expulsa para a periferia mais distante, aonde os serviços urbanos – como coleta de lixo, saneamento, ônibus etc. – praticamente não chegam.

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