Maria José do Nascimento, Assistente Social e Feminista
Por Pollyanna Carvalho
Assistente Social e Feminista piauiense, Maria José do Nascimento viaja amanhã (12) para o Rio de Janeiro. Ela é uma das convidadas do programa “Sala de Convidados”, da emissora NBR, com sede na capital fluminense, para falar sobre a violência contra a mulher. O programa será exibido ao vivo dia 13 de fevereiro, das 13 às 14h. A Assistente Social foi a idealizadora do Projeto Maria Maria, que surgiu no ano de 2002 e foi extinto em 2005.
Como surgiu o convite para participar do programa?
Há 15 anos pesquiso sobre a temática gênero, ou seja, sobre o papel cultural e social do homem e da mulher. Além disso, meu nome é reconhecido pelo trabalho que desenvolvi no projeto Maria Maria, criado em 2002 e extinto em 2005. Esse projeto foi o primeiro trabalho realizado no Piauí com atenção especial para a saúde da mulher. A partir disso, as mulheres passaram a fazer o exame de corpo de delito, que antes era feito no IML, em lugar mais reservado, a Maternidade Dona Evangelina Rosa. Esse projeto foi reconhecido tanto pelo Ministério da Saúde como pelo Ministério da Justiça como o um dos quatro melhores projetos do Brasil. E ainda hoje o projeto é lembrado.
Quais pontos a sra. pretende abordar nesse programa?
Acho que o principal tema a ser abordado seria quebrar a idéia de que a violência sexual contra crianças, mulheres e adolescentes é algo de domínio privado. Esse é um assunto que deve sair dos lares e tornar-se público. Além disso, serão discutidos ainda formas de combate a essa violência, as leis que protegem crianças, o aborto legal e todos os aspectos que fazem parte do meu projeto enquanto pesquisadora e que também foram desenvolvidos pelo projeto Maria Maria.
Como se encontra o cenário piauiense nessa área hoje?
Avançou muito. Com o projeto Maria Maria o tema da violência contra a mulher, principalmente da violência sexual, passou a ser abordado sem desrespeito e sem sensacionalismo. Hoje, já se discute mais sobre o tema e já existem políticas de enfrentamento a essa violência. Mas, ainda não está perfeito, precisa melhorar e muito, sobretudo na qualidade dos trabalhos oferecidos. Os espaços existem, mas ainda precisa-se melhorar a eficácia desses espaços.
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