Os congressistas e o governo dos Estados Unidos chegaram a um acordo para aprovar o pacote de resgate do governo americano para a economia do país. O anúncio foi feito hoje (28) pela presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.
Segundo ela, os parlamentares e o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, trabalharam para resolver as diferenças. “Assim, podemos ir adiante com o pacote para estabilizar os mercados e, o mais importante, para proteger os contribuintes americanos”, disse Pelosi.
Os parlamentares estiveram reunidos durante a madrugada de hoje para acertar o acordo, que ainda deverá ser formalizado. O pacote do governo americano prevê investimentos de US$ 700 bilhoes para a compra de títulos de instituições financeiras falidas.
Fonte: Agência Brasil
Pacote de Bush
No último dia 14, o governo Bush anunciou o mais ousado plano de resgate financeiro desde a grande depressão de 1929. O pacote, cujos valores vazaram para a imprensa antes de serem oficialmente anunciados, pode chegar a US$700 bilhões. Consiste basicamente na compra de ativos podres de instituições financeiras, ou seja, ações lastreadas nos créditos hipotecários cujo retorno, por causa da inadimplência, é bastante improvável.
O plano divulgado, de apenas três páginas e sem detalhes, ainda concede poder ao secretário do Tesouro nacional norte-americano, Henry Paulson, de escolher quais ações serão compradas. Ainda garante imunidade ao Departamento do Tesouro contra futuros processos judiciais. O plano de Bush está sendo comparado ao Ato Patriota, lei aprovada após o 11 de setembro que conferiu maiores poderes ao Executivo.
Na prática, o pacote premia os próprios banqueiros que ergueram o castelo especulativo que agora desaba e mergulha o mundo numa crise sem precedentes. O plano prevê a compra das ações podres pelos valores que elas tinham antes da crise. Isso representa o dobro do que essas ações valem hoje no mercado, para garantir a solvência do mercado, ou seja, os lucros dos banqueiros e investidores.
Num período em que a economia norte-americana já mergulha numa recessão, a inadimplência sobe, assim como a inflação e o desemprego, o plano de Bush desvia bilhões do orçamento público para ajudar banqueiros e especuladores. O plano eleva o limite do endividamento público, dos atuais US$10,6 trilhões para US$11,3 trilhões. Hoje ele está em US$9,6 trilhões.

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