26/09/2008

Carteiros fazem protesto por causa do BR-Ó-BRO


Carteiros fazem protesto por causa do BR-Ó-BRO

Protesto dos carteiros hoje em Teresina, eles reclamam do horário das entregas da correspondência no período do BR-O-BRÓ, e argumentam que o sol forte da tarde traz prejuízos à saúde.

Segundo os carteiros o movimento não é de paralisação, eles irão continuar trabalhando durante todo o dia, só que internamente, até um acordo final não vão sair para fazer as entregas.

Eles possuem uma carga horária diária de 8 horas de trabalho, sendo que das 9 hr ao meio dia, eles separam as cartas que vão ser entregues de 13hs até as 18hs, e é esse horário de trabalho que os trabalhadores querem inverter, por causa do forte calor do período.

Essa experiência já foi feita em 2005, e segundo alguns carteiros foi bastante positiva. "Diminuiu a ida do carteiro ao médico que faltava muito por dores de cabeça, garganta inflamada e outros problemas causados pelo sol, e isso foi muito benéfico", disse um dos carteiros em protesto.

A direção dos correios alega que não é possível fazer essa inversão de horário por causa da logística de trabalho dos correios que tem um padrão nacional.

De acordo com a direção, os correios têm uma logística nacional integrada. A sua carga sai de São Paulo, segue ao Rio, passa por Brasília, e de lá sai passando por todo o Nordeste. No Nordeste tem uma linha que segue de Salvador a Fortaleza, depois Teresina, e São Luís do Maranhão onde chega às 7 h da manhã.

"Para que seja feita a inversão desse processo aqui, a gente precisaria mexer em toda essa logística, e o departamento responsável por isso, situado em Brasília, não autoriza fazer isso, visto que atrasará em um dia a distribuição dos objetos para o cliente", explicou o gerente regional dos Correios, José Rocha.

Ainda segundo o gerente, existe uma única possibilidade para melhorar este horário. "Como se tem oito horas, poderíamos dar um horário maior. No mais crítico, por exemplo. Pode-se parar de meio dia às 15 horas, entrando mais cedo. E ficando até as 18 horas, isso é o que se pode fazer em nível de diretoria regional. Inclusive há dois centros de distribuição que já está fazendo um experimento neste horário", finalizou José Rocha.

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