Morte anunciadaApós mais de três horas de reunião, a portas fechadas, no Hospital de Urgência de Teresina doutor Zenon Rocha, o prefeito de Teresina, Sílvio Mendes, concedeu entrevista e declarou que o HUT só será aberto por completo quando for resolvido o impasse com os médicos anestesistas.
Sílvio afirmou, em mais um rompante de arrogância, que a decisão é pessoal. "É uma decisão minha. Só vamos abrir o HUT quando essa crise for resolvida, em respeito a sociedade", declarou o prefeito, depois de se reunir com representantes da classe médica, ministério público e autoridades públicas de Saúde.
O presidente da Cooperativa dos Médicos Anestesistas, Horário Ribeiro, contestou o prefeito Sílvio Mendes, que tratou como chantagem o que classificou como boicote às cirurgias no Hospital de Urgência de Teresina doutor Zenon Rocha. Ele disse que a categoria não se recusou a fazer cirurgias. O que houve, nesse caso, foi o fato da prefeitura não ter feito o quadro de profissionais necessários para o HUT.
A Cooperativa acusa a prefeitura de não formar equipe para o HUT e não fechar acordo com a categoria. Horário Ribeiro disse que encaminhou ofício há um mês para o presidente da Fundação Municipal de Saúde, João Orlando, e para o Ministério Público, tratando da tabela de pagamento e da lista de médicos disponíveis para o HUT. O presidente reclama que até hoje não recebeu resposta de nenhuma das partes.Horário Ribeiro disse que a categoria está aberta ao diálogo, mas não admite as acusações. Ele disse que o plantão no Hospital Getúlio Vargas de 12 horas é de R$ 600, e a prefeitura quer pagar R$ 190 no HUT. Além disso, o novo hospital precisaria de 28 anestesistas, sendo que toda a cooperativa só dispõe de 64.
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