27/05/2008


28 de maio
Esta quarta-feira é dia de luta pela redução da jornada sem redução de salários e de direitos

Nesta quarta-feira, dia 28 de maio, ocorre o dia nacional de luta dos trabalhadores pela redução da jornada sem redução de salários e direitos e o fim do fator previdenciário. Protestos, manifestações e paralisações estão sendo preparadas em todo o país, de norte a sul.

Nos últimos anos comemora-se o crescimento da economia. O governo Lula propaga essa vitória. Os empresários e banqueiros estão felizes. Afinal, estão lucrando com nunca. Já os trabalhadores não obtiveram melhorias reais em seu nível de vida. A maior parte dos novos empregos vem acompanhada de baixos salários, perda de direitos, precarização do trabalho e crescimento de acidentes de trabalho. Isso é superexploração. Por isso, é preciso dar um basta!

No dia 28 vamos exigir a redução da jornada sem redução de salários ou de direitos. Com a redução é possível gerar 2,2 milhões de novos empregos em todo o país. Mas, de nada servirá, se vier acompanhada de redução de salários e de direitos. Uma redução da jornada, feita desta forma, será mais uma armadilha para os trabalhadores.

Abaixo-assinado é pouco – A CUT e a Força Sindical defendem a redução da jornada, recolhendo assinaturas em todo o país e nada mais que isso, o que é pouco. Além disso, ignoram a luta contra a redução de direitos e o banco de horas e vários de seus sindicatos realizam acordos, entregando os direitos dos trabalhadores. Por isso alertamos que temos de defender redução de jornada sem redução de salários ou de direitos.

Banco de horas - Uma das formas encontradas pelos patrões para aumentar o lucro é o banco de horas. Com ele, a mão-de-obra do trabalhador pode ser “ajustada” de acordo com as condições de produção. Já não há mais uma jornada fixa. Trabalho aos sábados e domingos e jornadas de 10 ou 12 horas tornam-se comuns.

Nas montadoras, por exemplo, o banco de horas funciona assim: se há necessidade de carros nas concessionárias, trabalha-se ao máximo, até no sábado ou domingo. Se as vendas caem, simplesmente folga-se no meio da semana. Na GM, em São José dos Campos, os trabalhadores disseram não a esta chantagem e iniciaram uma campanha internacional em defesa dos direitos, inclusive visitando os metalúrgicos da GM em outros países, como Argentina e Estados Unidos.

Baixos salários - O salário do trabalhador também vem sendo atacado. A crise dos alimentos fez com que o preço da comida subisse fortemente. Esse aumento é sentido principalmente pelos que ganham até dois salários mínimos e que gastam até 40% de sua renda com alimentação. Para esses trabalhadores, o aumento do feijão e do arroz tem sido brutal e a tendência é de seguir aumentando.

A crise dos alimentos é mundial e ocorre porque a produção está voltada para a exportação, com o plantio de cana e soja. O aumento dos preços está provocando revoltas em diversos países, como Peru, Egito e Haiti onde uma explosão popular tomou conta das ruas por quatro dias e foi reprimida pelas tropas da ONU.

Dia de luta – Por isso, precisamos realizar um grande dia de luta nesta quarta-feira. Temos de realizar grandes mobilizações e forçar o governo Lula, que até agora só legislou a favor das grandes empresas, a assinar uma lei que beneficie de fato os trabalhadores, com redução da jornada, sem redução de salários e de direitos e o fim do fator previdenciário.


Conlutas

Foto: Cláudio Capucho - Sindicato dos Metalúrgicos de SJC

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